segunda-feira, 8 de outubro de 2012

hora de voltar a matar


É de noite e eu estou a pensar em ti. Acordei e estou a pensar em ti. É de tarde e estou a pensar em ti. Já está a anoitecer e estou a pensar em ti. E são assim os fins-de-semana passados em Coimbra em que o tédio e a saudade tomam conta de mim e governam a disposição do coração agora pequenino. Não me perguntes porquê, porque é que este amor renasceu assim só porque sim. Não me perguntes porque voltei a pensar em ti e só querer ter-te ao meu lado, ouvir-te dizer que me amas e beijar-te até sempre. Não me perguntes porquê, que eu não sei nem quero saber... só queria que isto passasse. Porque sei que tu já não queres nada e eu continuo a querer tudo. Quero-te comigo e tu não estás. Quero o teu sorriso, os teus abraços, quero alguém para ligar e dizer que estou farta de estar fechada em casa sozinha, quero-te a ti. Quero que venhas buscar-me e vás passear comigo, quero-te a ti. A nós. Ao nosso amor, aquele que existia outrora, tu lembras-te? Lembras-te de como transpirávamos felicidade, de como éramos motivo de inveja de tantos que nos viam? Lembras-te das nossas brincadeiras, da nossa cumplicidade que era precisamente isso, nossa! A forma como nos amávamos e como não conseguíamos esconder isso de ninguém... os mimos, as surpresas, os beijos, as coisas que só nós sabíamos, tudo. Lembras-te? E da felicidade, lembras-te? De dizermos um ao outro o quanto éramos felizes por estarmos juntos? Ainda não entendo porque tudo isso mudou. Nem porque tu continuas a ser o homem da minha vida e eu sou nada para ti. Nem porque este amor voltou a nascer quando eu achava que estava já a morrer, de vez. Nem o porquê de te escrever desta maneira, nem o porquê de nada. Não entendo o meu coração, nem o destino, eles nunca se entendem. E eu precisava disso, precisava da serenidade de um coração contente com o destino e de um destino que seguisse os passos do coração. Só isso, nada mais. Só isso e o nosso amor, eu e tu, outra vez, e desta, para sempre. Mas sei, sei que nada disto vai acontecer e que eu tenho é que recomeçar o processo de assassinato de um amor vádio e persistente. Deixa lá, eu não desisto de mim.... e um dia aprendo a desistir de ti, prometo. E ah! Amanhã isto passa, vou ter mais no que pensar.

sábado, 29 de setembro de 2012

I love you


É incrível a quantidade de vezes que autocarros e comboios já me ouviram chorar, viram-me as lágrimas a escapulir do coração para me acariciar a face numa tentativa falhada de diminuir a noção de distância entre Braga e Coimbra. Mais incrível ainda, é que de todas essas vezes em nenhuma a causa tinhas sido tu, até hoje. Até ao momento em que ouvi o teu adeus e só pensava em ti sozinha, sem mim. Eu lá e tu aí, separadas por duzentos quilómetros, é esta a nossa realidade nos próximos anos. Eu sei que estou bem lá, sei que Coimbra me recebe sempre, sempre de braços abertos prontos a fechar-se num abraço de consolo, mas não sei como ficas. Não sei se choras mal eu viro costas ou se aguentas firme como é teu costume. Não sei se és feliz, ou se preferias que nada disto fosse verdade. Não sei... Mas quero que tu saibas uma coisa. Quero que tenhas a plena certeza de que és o meu maior orgulho e que eu vou dar o meu melhor para ser o teu, para seguir o teu exemplo e ser uma Mulher, com M grande, como tu o és. Quero que saibas que não há ninguém no mundo que ocupe o teu lugar, nem ninguém que eu consiga amar tanto como te amo a ti... porque tu és única e és minha, mami.
24 de Setembro de 2012

domingo, 23 de setembro de 2012

a esperança morre primeiro que o amor


Foi estranho. Foi estranho ver-te ter iniciativa para estar comigo, foi estranho olhar para ti e reconhecer o movimento que fazes com a cabeça sempre que me vês. Foi estranho teres me abraçado, ouvir a tua voz, sentir-te outra vez perto de mim, sentir o teu toque, conversar contigo como se nada tivesse acontecido, ver o teu sorriso, adivinhar as tuas respostas. Foi estranho teres-me agarrado e torturado como antes fazias, foi estranha a nossa despedida, o beijo que me deste e que eu te dei, e o beijo que voltaste a dar-me, não sei bem porquê. Foi estranho entrar em casa com um sorriso nos lábios, chegar a casa deitar-me em cima da cama a lembrar-me de tudo o que já fomos e do que achava que tinha acabado de vez. Lembrar-me do meu melhor amigo e sentir que ele tinha estado comigo há minutos atrás à porta da minha casa em Coimbra. É estranho sentir que o amor ainda não morreu, mas que a esperança sim. E por isso eu hoje digo que não, a esperança não é a última a morrer, ela morre antes mesmo do amor. Só depois disso é que o amor consegue, consegue deixar a vida de lado e fugir, para onde não sei. Foi isso que senti naquela noite, antes de dormir, quando pensava em ti. Senti que sim, eu ainda te amo, mas amo-te menos que ontem, e mais do que amanhã. Porque o amor funciona assim, só se vai quando a esperança já não existe. E em nós já não deposito qualquer gota de esperança, em nós como namorados, como um só, nada de nada. Em nós como amigos? Confesso, a esperança já foi menor. Agora depende de ti, como sempre desde há uns meses para cá. 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

acho que vou ser muito feliz em Coimbra


Eram seis horas da manhã quando deixei Braga no rasto da memória e parti rumo a Coimbra, rumo a um novo futuro, numa nova cidade e uma nova vida. Com um friozão na barriga, um aperto no peito e o sistema nervoso a atingir o limite lá fui eu. Percorri os quase duzentos quilómetros, sempre com a cabeça em mil e um cenários possíveis para o dia de hoje. E mal cheguei, mal pus um pé em Coimbra, ela recebeu-me de braços abertos e senti-me em casa. Não havia nem ponta de receio na mancha preta que esperava a caloirada à porta da Faculdade de Medicina, nem desconforto pelo desconhecido, nem medo do que virá. Porque Coimbra é isso mesmo, é a casa dos estudantes que chegam, e a saudade dos estudantes que partem. Coimbra é subir as monumentais com um calor abrasador e sentir que não há melhor coisa que estar ali a ser, melhor, a viver a cidade dos estudantes. Coimbra é ir à praça mil quatrocentas e vinte sete vezes para apanhar autocarros, andar de lado em lado e não ver coisa mais engraçada para se fazer nesse dia. Coimbra é passar quatro horas e meia para fazer uma matrícula e sair de lá com um sorriso rasgado. Coimbra é ser praxado pela primeira vez e sentir o coração cheio. Coimbra hoje foi isto, e será, com certeza, muito mais. Eram dezanove horas e trinta minutos quando deixei Coimbra no rasto dos sorrisos e parti rumo a Braga com uma certeza: daqui a uma semana Coimbra também é minha, e eu sou dela.

domingo, 9 de setembro de 2012

Olá Coimbra!

Resultado: Colocada
Instituição: [0504] Universidade de Coimbra - Faculdade de Farmácia
Curso: [9832] Farmácia Biomédica

terça-feira, 4 de setembro de 2012

se lesses isto achavas-me louca (como eu me acho)


Estúpida é a forma como eu começo a sorrir por pensar no teu sorriso. Por pensar no teu olhar enquanto me desafias. Por pensar no teu toque, nos teus abraços apertados. Por pensar nos beijos que me pediste. Por pensar na cumplicidade que nasceu por si só, sem ser preciso semente nem água. Nasceu, simples assim. Simples como nós, como este carinho-que-não-se-explica-e-que-nos-une. Simples. Estúpida é a forma como me derreto quando ouço a tua voz do outro lado, nem que estejas a gozar com o meu sotaque, nem que estejas amuado, eu estou aqui com o sorriso mais parvo do mundo na cara, morta por te dizer que gosto muito de ti e... que tenho saudades tuas. É incrível a forma como a distância me amarrou o coração e não quer mais deixá-lo. Incrível não, é estúpido. É estúpido como tudo o resto que nos envolve, como as conversas, os nomes, as gargalhadas, os momentos, os sentimentos, as lágrimas, os sorrisos, tudo. É tudo a coisa mais estranha que eu já vi, mas é tudo tão bom. Tão doce. Tão quentinho. É assim que eu sou feliz, contigo do meu lado, seja de que forma for. Porque já és especial, e tu sabes disso. Não substituis o homem da minha vida, mas empurraste para o lado o dono do meu sorriso. E é por isso, é por isso que continuamos a ser estúpidos, mas passamos a ser 'estúpidos com coração (♥)'.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

querida vida académica, eu estou a chegar


Falta menos de uma semana para o futuro de mais de quarenta mil estudantes portugueses ser definido, seja isso bom ou mau, cause isso sorrisos ou lágrimas... será decidido sem grande volta a dar. E cá em casa a tensão já chegou, já paira no ar aquela atmosfera carregada de sonhos e de medos que tanto causa sorrisos inconscientes como dores de cabeça por pensar no que vem aí. Nova cidade, novas pessoas, nova casa, nova vida... E o que mais me inquieta é que esse novo seja todo ele ainda desconhecido. Não sei, não sei onde nem como será o meu futuro e neste momento tudo depende de um simples e-mail a cair na caixa de correio com a resposta tão esperada. Já se contam os dias, já se imaginam cenários, já vejo capas pretas a gritarem-me aos ouvidos para me pôr de quatro, já sonho com a latada que não tarda chega aí, e o curso, as pessoas, os professores, as novas matérias, o novo método de ensino, a liberdade, a saudade da minha terra, da minha gente. Toda a nova vida que me vai embrulhar numa salada feita de felicidade, assim espero. E bem, é assim, é assim que eu digo que começa a minha vida académica. Com este friozinho na barriga e estes mil e um sonhos a rondar-me, esta ansiedade de mãos dadas com o receio. Seja o que for, que seja doce, e que eu seja feliz, que nós sejamos todos felizes. 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

meu gordo,


é incrível como em poucos dias nos tornamos naquilo que já somos, que sendo sincera, não sei bem o que é, como se define este carinho que nos une além e acima de qualquer coisa que se ponha no nosso caminho. Acho que sabes o que sinto, acho que sabes que consegues tocar-me no coração e que sim, és diferente, és diferente de todos aqueles que já vieram nos últimos meses. E és o primeiro, és o primeiro que depois de nove meses me faz afastar dele, o primeiro que me deixa o coração a saltar quando recebo uma mensagem e que me faz olhar para o telemóvel de minuto em minuto quando dormes até a meio da tarde e não me dizes nada até lá. És o primeiro com quem passo horas a falar ao telemóvel o primeiro a quem consigo dizer um 'gosto de ti'. Já falamos tanto nisto, em como é estranha a forma como tudo isto está a acontecer, sempre sem desvendarmos aquele sentimentozinho que vai além da amizade. Mas assim estamos bem, é assim que devemos continuar. O tempo, e o destino, que tratem de nós, que digam aquilo que deve acontecer e o que deve ficar tal como está, ter-te na minha vida já chega, já é a suficiente lufada de ar fresco para o sorriso aparecer quase que inconscientemente. E apesar de tudo, apesar de o destino até agora me querer tramar e me arranjar mais um problema, eu já não consigo afastar-me de ti. És o meu estúpido, e eu gosto tanto de ti.

sábado, 18 de agosto de 2012

eu preciso nem que seja de um adeus



Se algum dia leres isto, liga-me. Liga-me e explica-me o que aconteceu à magia que nos unia os corações por um fio de ouro que sempre foi inquebrável, até tu o largares. Explica-me. Explica-me o que mudou, diz-me porque já não és o meu melhor amigo de sempre. Explica-me, é só isso que te peço. Se quiseres, depois disso, podes desaparecer, podes esquecer que alguma vez me conheceste, que alguma vez trocamos juras eternas de amizade, esquece tudo. Mas primeiro explica-me. Explica-me se há algo que possa fazer para nos ter de volta, para te ter de volta. Explica-me porque é que não és o mesmo comigo, porque foges de mim. Explica-me porque tenho medo de falar contigo. Explica-me porque não somos o que sempre fomos, porque não transformamos o amor que nos uniu um dia num amor de irmãos em vez disto que temos, que é NADA. Explica-me. Diz-me o que posso te dizer, o que tenho que te mostrar. Só te queria comigo, como sempre estiveste para mim, como eu sempre estive contigo. Explica-me o que aconteceu à magia que me fazia sorrir por pensar que tinha o melhor amigo do mundo. Explica-me a ansiedade de estarmos juntos ter desaparecido. Explica-me este desprezo, este não sei nem quero saber. Pode ser a última coisa que me dás, podes dizer que não queres mais ver-me à tua frente, podes dizer o que quiseres, podes matar-me com palavras... mas por favor explica-me. Se me explicares como, quando e o porquê de termos chegado aqui, onde nada se sente, eu ficarei bem. Pode não ser no mesmo momento mas aprenderei a viver com a certeza de ter perdido tudo o que nos restava. Mas assim não, nesta incerteza não.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Até que as palavras se cansem de ti...


Decidi que vou deixar de controlar as palavras. Isso faz-me mal. Tira-me o prazer de ouvir aquele som natural da caneta a roçar no papel sem pensar no que estou a escrever, tira-me a sensação de esvaziar o coração ao som da alma a cantarolar, ou a choramingar, tudo aquilo que carrega cravado nas marcas da vida. Decidi que vou deixar que as palavras voem sem destino pré definido, se chegarem a ti e te tocarem no ombro de raspanço... não ligues, não olhes nem te preocupes. Eu ficarei bem, elas só têm saudades tuas. Saudades de rodopiarem em volta do teu nome até caírem, doidas de contentes. Eu privei-as disso e sei que foi o melhor para mim, ontem. Hoje deixou de ser. Hoje o melhor para mim é escrever-te até o coração se cansar. Até o coração se cansar de ti e deste burro amor que não se suicida. Não vou mais pensar em leitores cansados de ouvir falar de um amor impossível que acabou há longos meses, não vou pensar em críticas à forma como levo a vida na escrita, não vou pensar em mais nada. Vou escrever-te, vou escrever-nos, desenhar-nos nas letras pretas sobre um fundo branco. Vou voltar a sentir-te no prazer da escrita e voltar a trazer-te comigo debaixo do braço para este país das maravilhas. Sempre foi assim, não há outra forma. Não enquanto as palavras não se cansarem de desenhar as letras do teu nome.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

noites (chuvosas) de verão




A chuva a bater na janela e o vento a uivar lá fora é o cenário da noite de hoje. Daqueles cenários de inverno em que a única vontade é ter aqui aquele alguém para nos aquecer o corpo e acalmar a alma. É dormir agarrado, de conchinha, e sentir que não há tempestade que derrube aquele amor que se estende debaixo de lençóis e cobertores, dentro de um quarto modesto. É isso que faz falta, e que torna o inverno tão depressivo e o verão tão apelativo. No verão ninguém se lembra do amor enterrado porque distância de tudo o que aqueça é o que se deseja. Mas no inverno, no inverno as coisas são tão diferentes. Esta trovoada, a que ouvi agora, deixa-nos o coração a tremer com medo que ela entre janela dentro e arrebate ainda mais este órgão pulsante. E no inverno, o frio congela-nos os sorrisos, a chuva encharca-nos a alma como se de lágrimas de saudade se tratasse e o vento leva, sem dó nem piedade, todo o amor que restava pousado nos móveis que já não se usam, e ficamos nós. Nus. Despidos de defesas. Despidos do escudo feito de sol que nos protege da melancolia das noites de inverno. Pois bem, agora nem no verão nos safamos disto. Porque o amor assim o decidiu, decidiu fazer-nos sofrer até nas noites de verão que deviam ser ricas em sonhos acompanhadas por pós de perlimpimpim e que com este som de tempestade que reina neste cenário, passam a ser noites ricas em memórias... memórias daquilo que já devia ter sido esquecido, porque afinal, já foi enterrado.

olá cubos de açúcar

Acabei de voltar das férias deste blog, e trago a mala cheia de palavras para gastá-las aqui, onde todos me entendem e onde ninguém me julga. As saudades apertaram demais. Não tarda deixo-vos um texto escrito ontem, coisas lindas.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Se sentir saudades, irei voltar...

Decidido: vou fazer uma pausa cubos de açúcar. Sabem que podem continuar a contar comigo e que eu não vos vou abandonar... só vou deixar de tentar escrever aqui. O tempo irá mostrar-me o que fazer com este blog. Enquanto isso, podem encontrar-me pelo tumblr, aqui. Gosto muito de vocês.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Quando um blog deixa de fazer sentido é suposto acabarmos com isso? É o que tenho vontade de fazer com este meu coração sem açúcar... mas custa-me.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

hoje pergunto-me onde fui buscar coragem para isto...


Tenho tantas saudades tuas. Não estou a falar contigo D, estou a falar com o meu melhor amigo. Lembras-te dele? Lembras-te de como ele nunca me deixava sozinha, de como me apoiava em tudo, como gostava de mim e se preocupava comigo? Lembras-te de como ele me protegia, de tudo e de todos? E das promessas que me fez... tenho saudades dele. Tenho saudades de saber que se estivesse mal bastava falar com ele para ficar com um sorriso na cara, saudades dos abraços dele, de quando ele me chamava xuxu. Tenho saudades dos tempos em que tinha alguém do meu lado que me conhecia melhor que eu própria. Aquele rapaz que mesmo sem eu dizer alguma coisa sabia como estava e do que precisava. Sabes onde é que ele está? Eu perdi-o na vida. Sabes... fui ambiciosa de mais. Gostava tanto dele que quis amarra-lo para sempre como meu namorado e afinal... afinal o feitiço virou-se contra o feiticeiro e eu perdi-o. Na vida, no tempo e até no coração. E tenho saudades. Muitas. Peço todos os dias a Deus que me traga de volta a minha alma gêmea, mas acho que nem ele sabe onde ela se enfiou. A vida é mesmo assim, feita de caminhos obscuros que se chamam escolhas. Ele escolheu fugir-me e deve ter as suas razões. E não o julgo... apenas tenho saudades. É engraçado como lhe disse isto tantas vezes, e acredita, só agora o estou a sentir mesmo. Pior que saudades de quem está longe a acompanhar-me na vida são as saudades de quem eu amava e perdi. Como esse rapaz de Coimbra, que era o meu melhor amigo além e acima de tudo. Aquele rapaz por quem eu sempre fiz o que podia e nunca neguei uma gota de amizade. Esse rapaz de nome igual ao teu, aspecto igual ao teu, que morava no mesmo sítio e fazia as mesmas coisas que tu, mas que se perdeu algures no tempo. Eu não o encontro. Se o encontrares diz-lhe que a serranita preferida dele tem saudades... está bem? Se não encontrares, simplesmente ignora este desabafo de uma noite solitária.

mensagem escrita a 20 de maio , enviada.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Palavras... porque é que vocês me fogem? Eu preciso de vocês.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

e quando acabar, a culpa será nossa!


Meto a lapiseira no canto dos lábios, levanto a cabeça, desvio o olhar dos livros e pronto. Vou ter contigo. Não sei bem onde nem como mas vou, e por momentos somos só nós. Eu e tu numa dimensão diferente desta em que vivemos. Uma dimensão em que o nosso amor sobreviveu à erosão da vida, onde os cristais da amizade permanecem puros e estáveis quer à superfície, quer na profundidade do nosso ser, e do nosso coração. Uma dimensão onde ainda me consegues fazer sorrir só com o teu olhar. Sabes qual é essa dimensão? Aquela em que vivemos tanto tempo e de onde fomos teletransportados sem sequer darmos por isso. E aqui onde estamos tudo acabou, melhor... passou tudo a ser uma farsa. É isso que nós somos, não é? Uma farsa. Mantemos uma relação plástica para dizermos um ao outro que estamos aqui para o que for preciso e não passamos disso. Não passamos da costa, não metemos os pés no mar com medo de nos molharmos, não passamos a fronteira com medo do território inimigo, é não é? Não passamos do nada com medo de sermos tudo. E com isto ficamos presos por uma linha de dois fios à espera que a vida venha e a rebente. Não será difícil. Nós sabemos isso, mas não fazemos nada. Porque é mais fácil. É mais fácil fingir que está tudo bem em vez de remexer nas feridas, esclarecer assuntos e esperar que elas cicatrizem, de vez. E mesmo sabendo isto, tenho a certeza que vamos continuar assim... porque nós mudamos. Não eu e tu, mas nós. Perdemos os pózinhos de perlimpimpim. Eu acho que eles se foram com as lágrimas. E se foram, não voltam. Assim como o amor, depois de morrer.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

ausência

Dia 19 é o meu primeiro exame e dia 25 o meu último. Até lá, vou estar ausente cubos de açúcar.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

amar pessoas erradas e não agarrar pessoas certas, é a vida!


Sabes, se eu mandasse no meu coração escolhia amar-te. Escolhia-te a ti para seres o homem da minha vida, mas eu não mando. E preciso que percebas isso. Preciso que percebas que não quero que lutes por mim, não quero que esperes que este trauma com relações me passe nem que alimentes esse amor que me tens. Não quero ver-te chorar por mim, porque eu gosto muito de ti e a tua amizade tem sido insubstituível na minha vida, mas para mim é só isso. É só amizade. Eu sei que tu farias tudo para me ver feliz, porque já o fazes. Sei que deixarias tudo por mim e que me amarias com todas as tuas forças, eu sei H, mas não sou eu que escolho. Não sou eu que escolho quem amo, nem com quem eu quero passar o resto da vida. E tu tens que entender que por muito que o tempo passe tu vais ser só meu amigo, e é assim que eu te quero na minha vida. Não te quero perder. Não quero deixar de te ouvir chamar-me pocahontas, nem que deixes de me pedir para soltar o cabelo porque adoras vê-lo solto, não quero deixar de ter os teus abraços, não quero deixar as nossas discussões nem as nossas lutas. Nós sempre tivemos isso, mesmo antes de todo este teu amor nascer, e eu não quero perder nada. Nada mesmo. Por isso liberta-te, por mim. Não lutes, não esperes que não vale a pena. Acredita em mim quando te digo que o melhor é desistires, eu juro que não me estou a fazer de difícil, é a verdade. Não alimentes o que sentes meu anjo. Eu adoro ver-te sorrir e tudo o que eu menos quero agora é que sofras por minha causa. Vá lá... eu prometo que nunca te abandonarei. Como amiga, nunca.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

(sobre)viver


Existem três tipos de pessoas: aquelas que existem, as que vivem e as que sobrevivem. Eu acho que isto segue mesmo esta sequência lógica. Em que todos começamos por existir. Podemos ou não começar a viver. Existe muita discordância no que significa exactamente o verbo viver e o que ele carrega em cada letra. Eu cá acho que viver é ser louco. É fazer o que nos vier à mona sem pensar em consequências, é amar sem quê nem porquê, é dizer a todos que amamos, é viver os momentos, senti-los, é não perder tempo com saudades, é arriscar, é passar grandes aventuras. Viver é ser louco no verdadeiro sentido da palavra. Louco para se pensar que se pode ser feliz eternamente, louco para se achar invencível, louco para se ser quem é. Sobreviver, essa é a fase mais complicada de todas. Que só vem depois da vida, e antes da morte. É a fase em que a alma, o coração e nós próprios estamos cansados das topadas que damos contra os muros que a vida gentilmente constrói no nosso caminho. Quando nos cansamos de os subir, quando nos cansamos de lutar, de sonhar, quando já não há nada que faça sentido e então a melhor opção é sentarmo-nos a ver a vida passar. Acenar-lhe com um sorriso falso e enxugar as lágrimas que a alma derrama. Sobreviver é isso, a sobrevivência é a ressaca da vida. E quantas e quantas vezes não é o amor a catapulta que nos empurra para esta dimensão. Quantas e quantas vezes o amor não vem de mansinho, faz as suas asneiras e deixa um coração destroçado, desesperado por deixar de bater. Quantas e quantas vezes…

domingo, 27 de maio de 2012

memórias: delete


Tudo se resume a uma moldura escondida numa gaveta, a cartas escritas guardadas no meio de um livro, a uma fotografia perdida numa carteira, a uma rocha guardada numa caixa de madeira, a um álbum embrulhado em roupas que já não se usam, a músicas guardadas numa pasta secreta de um disco externo, a corações desenhados numa secretária de vidro tapados com livros, folhas, ou o que estiver mais à mão, a uma t-shirt guardada que nunca é usada, a um perfume encostado que nunca é pulverizado, a mais duas t-shirts escondidas já nem se sabe onde, a um número de telemóvel apagado, a um facebook bloqueado, a um blog desabitado, a post-it's retirados de um armário e metidos num caixote do lixo, a uma sigla escrita no chão de um quarto e tapada com um armário, a uma frase escrita numa parede e apagada com uma boracha, a uma pulseira numa caixa de recordações, a uma concha perdida numa casa, e a um coração esmagado. Tudo se resume a isto. Tudo se resume a lembranças que precisam de desaparecer e a memórias que necessitam ser esquecidas. Tudo se resume a isto, a um amor vivido e lembrado nas mais pequenas coisas e que a partir de agora será assim, escondido. Já os antigos diziam que longe da vista, longe do coração. Vamos lá ver se eles sempre têm razão.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Só porque há abraços que valem mais que 1001 palavras


Quando alguém nos abraça e levantamos os braços para os enrolarmos em torno do outro, estamos a dar, sem receios nem pudores, aquilo que de mais puro temos em nós: os nossos sentimentos" disse-me há uns tempos atrás a Catarina Martins. Até então nunca tinha reflectido muito nisto, mas acho que é tão verdade que hoje deu-me para escrever sobre isso. É incrível como desde o dia em que li essa frase sei sempre quando vou levantar os braços para abraçar alguém e quando o faço é a melhor sensação do mundo. É como se naquele momento acabássemos de entregar o coração à pessoa que nos segura a alma e deixamos que ela cuide dele por uns segundos ou minutos. E deixaram de ser agradáveis os abraços em que os braços se estacam e não há força para os levantar. Não é que não sejam sinceros, mas sei lá, são diferentes. Eu defendo que um abraço quando é dado deve ser dado por inteiro, sem restrições. Damo-nos todos, com corpo, coração, alma e cabeça. Não deve haver nada que nos puxe para o lado contrário. É nos abraços que nos libertamos do peso do nosso coração, e nos encarregamos do coração do outro, mesmo sem notarmos. Quando abraçamos alguém, de verdade, é como se isso se tornasse numa conversa de corações. Eles falam e nós permanecemos ali naquele estado de graça em que mais nada importa... e até dá gosto sorrir, ou chorar, o que seja. Há a certeza de que é sincero, porque os sentimentos são assim, transparentes. Nós é que os encobrimos e misturamos, mesmo sem darmos conta. Num abraço não há disso, num abraço o que há, está ali, ao dispôr do outro. Às vezes tenho saudades de abraços assim, abraços de verdade. Abraços que carregam às costas o verdadeiro valor desta maravilhosa palavra.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Shalom, shalom ♥


Não há melhor coisa que viajar de autocarro enquanto vejo as maravilhosas paisagens do meu país, com vozes de fundo e gargalhadas transparentes daqueles que me acompanham em grandes aventuras. Está a aproximar-se o fim de mais uma, e estamos de regresso a casa, com a chuva a bater nos vidros enquanto cordas de uma guitarra vibram ao ritmo das vozes afinadas na frequência do coração. É indescritível tal sensação, é como se levasse o coração a rebentar pelas costuras de momentos, pessoas e daquela mística que ninguém sabe transcrever. Essa que nos alegra e nos faz voltar a casa com vontade de agarrar a transformação com todas as nossas forças e correr o mundo tornando tudo mais belo. Essa que nos põe um sorriso na cara e nos faz querer ver sorrisos em todas as outras. Essa que nos dá orgulho em gritarmos ao mundo que somos diferentes, somos cristãos e defendemos a vida por um ideal de amor e perdão. E é assim que nós somos felizes, é mesmo assim, de forma diferente mas autêntica.
texto escrito há algum tempo

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Obrigada querido destino


Quando era pequenina sonhava ter um amor maior. Maior que tudo e todos, maior que o tempo, que a vida, que o destino, que nós próprios, seres humanos. Queria viver uma daquelas histórias em que o verbo amar só se conjuga no presente e no futuro, num futuro daqueles longínquos, num para sempre idealizado em conjunto e vivido em plenitude. Queria um amor maior. Um amor que sobrevivesse à erosão dos problemas, que suportasse a dor da saudade e nunca acabasse, nunca mesmo. Que fosse uma fonte renovável, não de energia, mas de felicidade e de vida. Queria conhecer o Homem da minha vida e logo, de imediato, poder gritar ao mundo que é com ele que eu quero viver o resto da vida. Queria uma história como nos filmes, aliás, ainda melhor. Queria um amor verdadeiro. Uma pessoa verdadeira. Uma pessoa que soubesse como cuidar de mim, que soubesse fazer-me feliz e me amasse como eu a amaria. Uma pessoa para todas as ocasiões. Uma pessoa para eu mandar dormir no sofá nas noites atribuladas e para no dia seguinte lhe preparar o pequeno almoço, porque não sei viver chateada com ela. Sabem? Queria um amor. Só isso. Um amor maior, de verdade, eterno. Até podia ser simples, sem grandes floreados, desde que fosse verdadeiro eu ficaria feliz. Quando era pequenina sonhava com isso. Sonhava com o homem ideal e a vida perfeita. Sonhava amar incondicionalmente e ser capaz das maiores loucuras por ele. E não é que o destino me deu esse amor? Esqueceu-se foi de lhe dar a ele também. É irónico.

sábado, 19 de maio de 2012

Só o Hoje importa


É cliché dizer-se que os jovens são o futuro, mas não serão já eles o presente? disse o João Carita na última edição da revista Espiral. E ultimamente tem me dado para reflectir muito nestas coisas, nestes acentos fora do sítio que a sociedade hoje ultrapassa. Talvez por andar numa fase em que me sinto desintegrada e em que todos me parecem perdidos dos valores que me ensinaram durantes estes anos de vida. Parece que o mundo anda virado ao contrário, ou então o problema é só meu. Sendo ou não, eu escrevo sobre isto. Escrevo porque isso me alivia a alma... e porque esta questão me atormenta muito. Isto de se dizer que nós, jovens, somos o futuro do país, o futuro do mundo. Está bem, nós somos o futuro mas também somos o presente! E acho que a sociedade ecoa tanto ao nosso ouvido a palavra futuro que nós próprios acabamos por nos esquecermos que o presente também é nosso e cabe-nos a nós moldá-lo à nossa maneira. É preciso pararmos para pensar nisto, seriamente. Não dá mais para empurrar a vida para a frente pensando sempre que somos o futuro... porque esse nunca chega. Vamos ser já velhos e vamos dizer que os jovens da altura são o futuro. E nós o que somos? E o que fomos? Nada? Ficamos no futuro, perdidos nessa lenga-lenga que passa de geração em geração. A nossa geração, por muito criticada que seja, é irreverente e tem um grande poder quando se junta para moldar o mundo à nossa maneira. Está na hora de mudarmos isto e de mostramos que nós não somos só o futuro, nós somos presente e temos grandes e preciosos talentos a dar à sociedade. Ela não nos quer ouvir? Nós gritamos! Ela fecha os olhos para não nos ver? Nós não paramos até alguém os abrir! Ela acha que nós somos um bando de gaiatos que só quer borga? Vamos mostrar-lhe o contrário. Vamos mostrar-lhe que queremos e gostamos de borga, mas depois do nosso serviço estar feito. Somos tão bons, ou melhores, que os restantes. Porquê tratarem-nos como futuro se nós já existimos? Cabe-nos a nós mudar isto, cabe-te a ti. Apenas esquece o futuro, o presente está nas tuas mãos!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Está aberta a terceira guerra mundial


Como pode o homem amar com armas na mão?, diz o grande Boss AC. E eu pus-me a pensar no quão misteriosa é a língua portuguesa. Reparem bem: a palavra arma é como um erro no verbo amar. Troca-se o r de lugar e tudo muda. Do ideal passamos ao desprezível. E é horrível pensar que isto não acontece só com as palavras... mas que acontece na vida real. Sim, na vida real. As palavras fazem parte de uma vida à parte. E na sociedade, cada vez mais assistimos ao Homem a largar o coração e colocar uma arma guardada entre o cinto das calças, escondida. É que as aparências enganam e ninguém gosta de parecer lobo mau. Então todos encobrem as armas e apenas mostram o verbo amar. Quando ninguém vê vão lá trocar o r de lugar e pimba catrapumba: guerra declarada. Pior que isso é que as armas não são só aquelas coisas pretas qual toda a gente chama de pistola e então não é preciso uma licença de uso e porte de arma para conseguirmos magoar as pessoas. Existem armas bem piores. Que matam por dentro e esfolam por fora. Pior que morrer é morrer aos bocados. É sentirmos o coração cansar-se e a alma despedaçar-se de dia para dia por culpa de alguém que amamos, ou de alguém que não amamos mas que nunca desejamos mal algum. E ao mesmo tempo que nós morremos parece que eles se fortalecem. É como se o Homem se alimentasse do Homem, da felicidade dele, da vida dele... do amor dele. É como se todos os valores se perdessem e entrássemos na terceira guerra mundial. Qual é o motivo? O egoismo. E há sempre pessoas, como eu, que no meio disto se sentem perdidas e ficam no meio do campo de batalha, com esperança que os cavalos desobedeçam, que os soldados percam a força ou que as espadas se partam a caminho... para podermos sair ilesos. Não de alma, mas de corpo. Porque a alma... essa já há muito foi afectada pelas flechas lançadas à deriva.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Ser Mulher


Já os antigos diziam, uma mulher prevenida vale por duas. Eu gosto de valer por duas, em tudo. Uma mulher só já é fantástica, não acham? Duas numa só é esplêndido. Eu gostava de ser assim, um dois em um. Gostava de ter uma personalidade polivalente e adpatar-me a qualquer situação, sempre sem perder a elegância e a sensibilidade deste ser maravilhoso que chamam de mulher. Não gosto muito de misturar o conceito de mulher com o sexo feminino. Muitos têm a mania de dizer que somos o sexo forte... e sim, tem o seu ponto de verdade. Mas, nem toda a pessoa do sexo feminino é mulher! Aprendam isso, homens. Não é o órgão sexual que define a pessoa como mulher, nós somos mais que isso. Somos coração e pomos o coração em tudo o que fazemos. Cantarolamos para não ouvir o que a razão nos diz e calamo-nos para saborear cada palavra do coração. Preferimos sentimentos a sensações. Preferimos atitudes a actos. Preferimos actos a palavras. Preferimos ter apenas aquele homem a gostar de nós do que ter outros mil e um a amarem-nos loucamente. Sabemos quando temos e quando não temos razão, mas gostamos de ser teimosas. Somos capazes de pedir desculpa só para ficar tudo bem. Somos capazes de tantas loucuras por vocês, homens. Tantas que nem vos passam pela cabeça... porque vêem-nos sempre como pequenas e frágeis princesas. Nós não somos assim, apenas gostamos que nos tratem assim. Que nos tratem como se fôssemos de vidro, e que nos protejam de tudo, e de todos. Mas no final das contas, nós somos mais loucas que vocês, muito mais. Nós somos mais fortes que vocês. Suportamos mais que vocês. Suportamos as mil e uma dúvidas e incertezas que o cérebro feminino gosta de criar, suportamos saudades, ciúmes, medos e sei lá mais o quê que o nosso coração gosta de alimentar. Temos uma imaginação fértil, é verdade. Qualquer coisa é motivo para o nosso maior sorriso, ou para a nossa maior lágrima. Somos inconstantes, sim. Mas somos coerentes naquilo que sentimos e fazemos. Se é isto, é isto até ao fim. Não é por acaso que há um estudo científico que diz que as mulheres têm dificuldade em acabar relações... é que nós não sabemos desistir das coisas, nem das pessoas. Nós gostamos de levar as coisas até um tempo chamado para sempre. Porque somos, também, sonhadoras. Nós somos fantásticas, admitam. Para finalizar, também não é por acaso que esse mesmo estudo diz que os homens têm mais dificuldade em reaprender a viver sem aquela mulher ao seu lado. É que, quer queiram quer não, nós fazemos parte de vocês. Não vale a pena terem medo de admitir, nós já o sabemos.

domingo, 13 de maio de 2012

I won't give up on us


Sabes, cansei. Cheguei àquele ponto em que não dá mais. Estou cansada de correr sozinha atrás da bola e de tentar apanhar borboletas enquanto tu as afugentas. Gosto muito de ti e tu sabes isso melhor que ninguém, mas simplesmente não dá mais. Eu não sou nenhum boneco sempre-em-pé para andares a brincar comigo, eu caio, eu tenho sentimentos, e sofro quando sinto que para ti é indiferente ter-me ou não na tua vida. O pior de tudo é que dizes o contrário, dizes sempre o contrário. Dizes que me queres contigo, mas depois nada fazes. Tu vês as coisas assim? Tu apercebes-te que sou sempre eu a correr atrás de ti, aliás, atrás de nós? É que se sabes isso não entendo porque me continuas a tratar assim. Preferia, simplesmente, que abrisses as cartas sem medo do que eu iria pensar da tua caligrafia, sem medo que eu gozasse com a cor do teu coração ou que achasse bizarra a forma do teu engenho. Preferia que me deixasses de uma vez por todas. Assim é que não dá. Deixas-me confusa... e aquilo que sinto faz-me sempre correr atrás de ti. Depois magoo-me, claro. Tu não tens esse direito. E por isso mesmo, hoje cheguei ao meu limite. Vou largar-te a mão, vou deixar a bola no meio campo, esquecer as borboletas e vou ficar aqui, onde tu sabes, na baliza à espera que chutes a bola ou no banco de jardim à espera que me tragas a nossa borboleta. Não vou desistir, só vou deixar de insistir, entendes? Já não tenho forças para continuar, por isso fico aqui. Se quiseres, vens. Se não quiseres, vai, mas vai sem olhar para trás. Apenas decide-te.

sábado, 12 de maio de 2012

Deixar-me levar é que era bom


Estou cansada de seguir as indicações "para não sofrer" que a sociedade faz o favor de colocar em todos os cantos e esquinas. Estou cansada de forçar a barra porque não quero ir por este ou por aquele caminho. Estou cansada de tentar ser feliz, entendem? É que, caraças. A felicidade não devia vir assim, sem sequer nos apercebermos? Não devia estar escondida numa rua ao virar da esquina e assaltar-nos o coração? Eu sempre defendi isso. Sempre defendi a espontaneidade como um caminho certo de felicidade. E faço o contrário. Faço sempre o contrário. Ando sempre com cuidados excessivos como se carregasse o meu coração num cubo de vidro que não pode, por nada deste mundo, quebrar. Eu sei o que é sofrer e talvez seja por isso que agora me protejo tanto. Mas preferia não ser assim. Preferia deixar-me levar na crista da onda e quando ela rebentasse caía com ela. Corria o risco de me doer horrores o coração e de sentir um arrepio mortal na espinha, mas o que seria isso à beira da sensação de andar lá em cima, sobre o mar com um sorriso nos lábios? O que seria isso há beira das mil e uma recordações de momentos felizes que poderia ter? Entendem o que quero dizer? Fujo tanto do sofrimento que acho que acabo por fugir também da felicidade. Eu não queria isto para mim. Queria prometer-vos, aqui, hoje, que a partir de agora seria tudo diferente. Que eu ia arriscar, ia amar sem quê nem porquê, ia escrever sem medo do que isso me possa provocar, ia fazer tudo o que me viesse à cabeça e mesmo que no fim me visse na merda, diria valeu a pena. Mas não consigo. Não tenho coragem, sou uma cobarde. É isso mesmo, sou uma cobarde. E o do more than just exist fica assim pelo caminho... que raio. É só um desabafo.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Parabéns mami linda


Parabéns, Mami. Hoje, ainda mais que domingo, o dia é teu. Hoje completas mais um ano de vida e acredita, és a pessoa que mais me dá prazer dar os Parabéns. É que tu mereces, por sobreviveres sempre mais um ano, no meio de tudo o que te acontece. Não és só um exemplo de mulher, és um exemplo de pessoa. És tão lutadora que oh, quando for grande quero ser como tu, sabes? Eu sei que nós não temos a melhor relação do mundo e que discutimos muitas e muitas vezes, mas isso só acontece porque eu quero que sejas feliz e porque tu queres que eu seja feliz... mas vemos as coisas de maneira diferente. No fundo, nós sabemos que nos amamos, amamos mesmo muito. E já não sabemos viver uma sem a outra. Às vezes tenho pena de não termos uma relação muito afectiva e de não conseguir chegar à tua beira e dar-te um abraço ou dizer-te que te amo, só porque sim. Mas tu sabes isso, não é? Espero que sim. Espero que saibas que eu te amo muito e que te admiro imenso. Sempre que me perguntam qual o meu maior ídolo eu respondo que é a minha mãe. Se não fosses tu... eu já não estava neste mundo. E eu tenho plena noção disso. Tenho plena noção de que se eu hoje sou quem sou, (quase) tudo se deve a ti. Deve-se à educação que me deste. Nunca me faltou tecto, pão na mesa e carinho. És uma e deste-me carinho por dois. Educaste-me por dois. Também é por isso que eu tenho tanto medo em desiludir-te... é que tu matas-te a trabalhar para me dar tudo o que eu quero, para me dares um curso superior e me inserires no mercado de trabalho com um canudo na mão e eu quero muito que tenhas orgulho de mim. Que daqui a uns anos olhes para mim e digas que valeu a pena cada noite mal dormida, cada lágrima sofrida, cada dor de tanto trabalho... tudo, tudo o que fizeste, fazes e eu sei que vais continuar a fazer por mim. E eu prometo, prometo que assim que for independente e a minha vida estabilizar vou fazer de tudo para que tenhas o conforto e a felicidade que eu tenho agora. Parabéns Mamasita, por mais um ano e por seres a mulher de armas que és. Amo-te muito.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

chegou a hora do pousio


Às vezes nem sei se são as palavras que fogem de mim ou se sou eu que fujo delas. A verdade é que o meu coração tem tanta coisa para contar ao papel que eu tenho medo do que ele vai deixar escapar. Ultimamente, sempre que tento escrever quebro a promessa de deixar os destinatários de lado e volto a escrever-lhe. Sim, a ele. É que sabem... ele voltou à minha vida, de uma forma diferente, mas voltou. E eu tenho andado tão nas nuvens que oh, tenho medo que as palavras me atraiçoam e me façam levar com a chuva em cima. Não quero que o meu coração se iluda e eu sei que a escrita é rainha nisso. Escrever-lhe seria como deitar fermento no meu amor por ele e eu não quero isso. Não quero porque o que temos agora é amizade, só isso e nada mais. E é assim que eu quero que continue, não quero estragar nada com lágrimas nem revoltas, quero ficar assim. Com esta paz e esta alegria a emanar em mim. Por isso tenho fugido das palavras, ou as palavras (certas) têm fugido de mim. Não sei bem. Acho que preciso de um tempo de pousio. Preciso de parar para recomeçar, ou então isto vai deixar de dar fruto. Não sei quanto tempo demorará, nem se demorará algum tempo ou se amanhã já volto aqui com as palavras guardadas no bolso. Sei que tenho que ir lá não sei onde e voltar com as ideias no lugar e os sentimentos arrumados. E aí, aí pode ser que volte a dançar de mãos dadas com as letras ao som da caneta a roçar no papel. Quem sabe. Até lá, "façam o favor de serem felizes" cubos de açúcar.

domingo, 22 de abril de 2012

Ando numa crise horrível em que não consigo escrever nada de nada. Odeio isto.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

eu, a biblioteca e as palavras


É engraçado como já frequento este sítio há imenso tempo e nunca me deu para escrever aqui. Aqui que estou rodeada de livros, num silêncio que me deixa ouvir a chuva a bater na janela e a cair na calçada. Aqui onde tantas pessoas se sentam a ler o jornal, onde tiram o computador das mochilas pesadas e fazem os trabalhos de grupo, onde universitários passam a época antes dos exames rodeados de folhas e canetas, onde estudantes do secundário serenam nas tardes livres e nas vésperas dos exames nacionais, aqui onde nos sentamos no sofá e devoramos mais um livro, aqui onde tenho passado os meus dias, aqui, na biblioteca. Nunca me deu para sacar do papel e deixar-me levar pelo prazer de sentir a caneta acariciar-me os dedos e as palavras saltarem de alegria ao sentirem-se livres enquanto milhares de história me encobrem o coração, mas digo-vos, é uma sensação maravilhosa. É aquela sensação de estarmos a jogar em casa, sabem? É como se olhasse para os livros e eles sorrissem para mim, como se estivessem a agradecer-me por deixar aqui mais umas dúzias de palavras a fazerem-lhes companhia. É tão bom, e por mim continuava aqui a deixar que a minha alma se estampasse nesta folha enquanto sentia a paz crescer em mim. Por mim ficaria aqui a escrever... eternamente. Mas as folhas com centenas de exercícios estão a chamar por mim. A chamar? A gritar, digo. 
Ultimamente tenho escrito muito sobre isto, não tenho? Sobre as palavras, sobre a escrita, sobre o papel e a caneta. Eu sei que sim, coisas da falta de inspiração.

domingo, 15 de abril de 2012

O coração e as palavras


Quando o meu coração anda aos pulos, as palavras fazem o mesmo. Quando o meu coração está desarrumado, as palavras também se perdem nas entrelinhas. Quando o meu coração aperta, as palavras também se encolhem num cantinho bem escondido da minha vida. Quando o meu coração quer fugir, as palavras fazem-no mesmo, fogem, correm, atropelam-se e magoam-se. E aí o meu coração magoa-se com elas. E é assim. As palavras e o coração, o coração e as palavras, como se fossem um. Estão na vida um para o outro como está a faca para o queijo, como está o açúcar para o café, como está uma mãe para um filho ou como está a lua para a noite. É por isso que fujo daqui. Fujo deste coração sem açúcar porque o meu anda aos pulos, está desarrumado, apertado, com vontade de fujir, e às vezes, com vontade de deixar de bater... e as palavras, oh essas acompanham-no, sempre de mãos dadas e de almas coladas. A culpada sou eu, sei-o de cor. Fui eu que os eduquei assim, como amantes eternos, e agora padeço desta dependência colossal que os une numa linha invisível, que os une um ao outro e os leva daqui até ao infinito. É tudo muito bonito quando o coração serena e deixa que as palavras lhe cantem ao ouvido. Mas quando ele não está bem, quando a vida lhe parece um frete e quando se cansa de bater, aí até faz faísca. Aí até as palavras se encolhem e arrepiam só de se aproximarem. E a mim... a mim dói-me. Dói-me expor-me numa folha branca. Porque na verdade, é assim que me sinto, uma folha branca. E preenchê-la, deixar que a escrita a decore, é como negar aquilo que eu hoje sou. Mas mesmo assim, aqui estou. Aqui estou a preencher uma folha branca, a sentir as faíscas no meu coração, e as palavras a temerem saírem-me pelos dedos. Mas aqui estou, porque isto é mais forte que eu. Escrever é mais forte que eu. E eu odeio não controlar este vício, ai como odeio.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

porque és o meu aquário


Tu não sabes, aliás, quase ninguém sabe, mas a escrita é o meu maior refúgio. É aqui que eu me escondo quando a chuva bate forte demais na janela do meu coração, é aqui que eu deixo as minhas energias negativas saírem-me pelas pontas dos dedos. Hoje trouxe-te comigo. Hoje trouxe-te debaixo do braço e guardei-te no cofre das palavras felizes, é lá que mereces estar. Quero que te deixes levar seja pelo que for, mas deixa-te ir, deixa-te baloiçar ao sabor do vento, deixa que a lua te beije a alma e que as estrelas te aqueçam o coração. Deixa para lá as nuvens que teimam em encobrir os dias e despe-te. Despe essa pele que não te deixa ser quem realmente és, despe-te desse muro que te encobre. Deixa-te ficar aí, sente as palavras embrulharem-te na paz que aí deixei só para ti. Deixa o teu coração serenar. Deixa-o conversar com quem vier para ficar. Deixa que ele se abra, é preciso deixar a casa arejar, sabes? Talvez não o saibas (ainda), mas é. É preciso deixar novos ares entrar para que os velhos saiam. Para que possam voar para terras longínquas. Não dói nada lavar o coração, e a sensação que vem a seguir é tão boa que oh, nem te sei explicar. Mas confia em mim, confia que eu não quero mais nada para ti além da tua felicidade. Mas uma felicidade verdadeira e inteira. Não quero mais sorrisos fingidos nem fortalezas de vidro. Como te disse, eu tenho medo que um dia o mar engula o castelo, é que depois vai ser bem mais difícil encontrar-te no meio das ruínas. Eu não quero isso. Eu gosto que sejas forte, mas não o tempo todo, entendes? Eu estou aqui, sempre e para sempre, my sister.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

o Amor


Existem duas fases no amor: quando ele bate à porta e quando ele bate a porta. E lá está, mais uma vez, a nossa língua com as suas matreirices... como um assento muda tudo, tudo menos a dificuldade em se aceitar cada uma das situações.  Quando o amor bate à porta é tudo estranho, parece que o nosso cérebro se esquece dos amores passados e o nosso coração, esse esquece-se das desilusões que já sofreu. E então voltamos a sentir as borboletas na barriga, as mãos suadas e as maçãs do rosto coradas sempre que a pessoa vem e nos embrulha naquele cheiro que é capaz de nos levar à lua em meros segundos. O cérebro acha que nunca sentiu nada assim e o coração esquece-se de que já viu este filme. Voltamos a acreditar em histórias encantadas, em finais felizes e no Para Sempre. Achamos que o nosso amor é diferente de todos os outros, que é mais forte, maior, mais verdadeiro, mais isto e aquilo e que por isso vai ultrapassar todas as barreiras. Mas, mesmo assim, custa, custa chegar e abrir a porta para o amor, aceitar que ele (finalmente) chegou. Depois de o fazermos achamos que tudo volta ao normal, mas esta normalidade é bem mais colorida, cheia de arco-íris e de estrelas cintilantes. O amor entra. Começa por se sentar timidamente no nosso sofá e acaba a usar a nossa cama ou a abrir o nosso frigorífico como se em sua casa estivesse. Usa e abusa desta nova casa - o nosso indefeso coração. Quando se cansa, faz as malas, veste o casaco e vai. Sem aviso prévio nem tempo para despedidas. Vai e bate a porta, bate-a com ainda mais força do que aquela que bateu quando desejava entrar. E aí nós estremecemos, perdemos o equilíbrio e o nosso coração fica frio. Aí o cérebro lembra-se que não foi a primeira vez que isto aconteceu, mas inteligente como é, atira as culpas para cima do coração e diz que este é que o influenciou. O coração, sempre humilde, contenta-se com as culpas e fecha-se em copas. Acaba por sofrer sozinho. Quando isto acontece nós corremos a fechar a porta a sete chaves, encobrir as janelas e tapar os buracos para que mais nada, nunca mais, volte a entrar. Choramos, gritamos, sentimos ódio, sentimos rancor, sentimo-nos injustiçados e tudo o que queremos é esquecer e desaparecer. Todas as nossas convicções vão por água abaixo. Achamos que vai ser sempre assim e que não vamos deixar mais ninguém entrar de novo, porque não queremos voltar a sofrer e porque não nos imaginamos com mais ninguém além daquela pessoa. Ela parecia perfeita, feita à nossa medida. Juramos nunca mais fazer isto nem permitir aquilo. Tudo porque quando o amor bate a porta tudo muda, e nós voltamos à antiga normalidade, aquela onde não temos corações a rodear-nos, arco-íris a proteger-nos ou estrelas maiores a iluminar-nos as noites. E depois do luto, pensamos que vamos conseguir ser felizes assim, sem mais ninguém entrar, até que o amor volta a bater à porta e nós voltamos a esquecermo-nos que um dia ele vai bater a porta.

voltei!

Cubos de Açúcar, estive a última semana fora, e sem net, por isso é que desapareci daqui. Espero que a Páscoa tenha sido boa. Mais tarde publico um texto. gmdv

quarta-feira, 4 de abril de 2012

desabafo


Pior que chorar é não conseguir fazê-lo. É sentir que as lágrimas secam na mesma velocidade que a alma nos foge e o coração se esconde do mundo. É viver mil e um sentimentos ao mesmo tempo e ainda assim parecer que não se sente nada. É esta inquietação que hoje sinto. Esta vontade de deixar a vida no canto do prato e partir. Partir para outra dimensão onde tudo é diferente. Sem certezas. Sem vontades. Sem nada. Porque eu hoje sinto isso, sinto o nada e o tudo. Sinto-me bem e mal. Sinto-me horrível. Sinto-me incapaz. Sinto-me perdida. Na vida, no destino... e na morte. Sinto-me sozinha. Sinto-me desamparada. Hoje é assim. Hoje é um dia mau. É mais um dia em que as palavras suaves me fogem e a tinta sangrenta me esborrata o sorriso. É esta mistura de ingredientes que não vai chegar nem a salada. Hoje sou isto. Hoje sou uma pessoa de alma fugidia e coração sobrevivente. Sou eu, só eu, frágil. Sou eu sem saber o que fazer. Esta sou eu a sofrer mais uma vez... porque pior que o ver feliz com outra é saber que sofre por ela. É, esta sou eu. Revoltada com a vida madrasta que levamos que o tira de mim e o entrega numa alma que lhe faz mal. Oh, esta sou eu sem vontade e sem alegria. Hoje sou assim.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Hoje vou à Lua!

Este quadro foi-me oferecido pela minha prima no meu aniversário (foi ela que o pintou) e inspirou-me neste texto.
Hoje quero subir as escadas dos sonhos e sentar-me na lua. Quero ficar lá a olhar as estrelas de mais perto e ouvir finalmente as histórias que sinto que elas têm para me contar. Quero rir-me e abraçá-las com força. Quero dar um beijinho na testa da Lua para lhe agradecer as vezes que me dá a força que mais ninguém consegue dar. Hoje quero sair daqui e ir lá cima ver como andam as coisas. Quero perguntar às nuvens como vai a vida e saltar-lhes para cima, porque é assim que elas se sentem amadas. Quero cantar e dançar com essas companheiras de duras e longas viagens a que as pessoas cá na terra chamam de experiências de vida. Hoje quero olhar-vos de cima e dizer-vos adeus. Hoje quero ir ao céu e não sei se quero voltar. Quero sentir paz dentro de mim, quero sentir o vento acariciar-me os cabelos e a chuva lavar-me o sorriso antes de todos. Quero   partilhar segredos com a Lua e fazer pactos com as estrelas. Quero que as nuvens nos tirem fotografias para vocês verem o flash aqui de baixo. Não percebo porque é que as pessoas lhe chamam trovoada. Se calhar nunca foram lá cima, nunca se sentaram ao colo da lua acompanhadas das estrelas e pediram às nuvens uma fotografia para mais tarde recordar. Como quando vamos ao shopping e as crianças se sentam no colo do pai natal. Eu sento-me no colo da Lua, e ela embala-me ao som do bater do meu coração e aí eu sinto que há um motivo para eu estar aqui, mesmo que eu ainda não saiba qual é. Oh, é pena que eu nunca consiga descer as escadas dos sonhos sem perder essas fotografias, é pena, queria que vocês vissem o meu sorriso. É verdadeiro.

terça-feira, 27 de março de 2012

eu quero emigrar para esta cidade


E quando me sinto fraca é aqui que me fortaleço. É na cidade da escrita a sentir o vento da inspiração percorrer-me os cabelos e estremecer os dedos. Esses tremeliques que nos dão quando as palavras se acumulam na ponta dos dedos à espera que as portas se abram. À espera que a alma acorde e lhes dê atenção. E então sento-me no banco de jardim onde me descarregam o coração e lavam o sorriso. Vejo as flores crescerem, os frutos a nascer nas árvores e o quanto é bom, o quanto é bom saber que não estou sozinha nesta jornada. Aqui não vivem seres humanos, completos, íntegros, inteiros. Aqui vivem almas, aqui vivem corações. E quando nos despimos daquela pele que nos encobre os podres na cidade da vida real, quando aqui entramos, somos todos tão parecidos. Temos todos tantas cicatrizes. Temos todos tantas feridas, umas curadas e outras ainda em carne viva. Somos todos tão frágeis. Somos todos tão nós. E é lindo viver aqui. É lindo mesmo. Se eu pudesse mudava-me para cá, assim num tempo chamado eternidade. Seria tão feliz nesta cidade da escrita. Mas não posso, não é? A cidade da vida real não deixa, ela dá-nos permissão de visita, nunca de permanência. Até parece que fazemos lá alguma falta. Eu cada vez acho mais que lá não faço falta nenhuma, aqui sim, aqui faço. Aqui onde a escrita corre nos rios, voa com os pássaros e brilha com as estrelas. Aqui onde por muito que as almas se escureçam e os corações sangrem somos felizes. Aqui onde eu me sinto em casa. Aqui.

domingo, 25 de março de 2012

desculpa-me por me esquecer tantas vezes de Ti

Olá Jesus. Sei que ultimamente não tenho falado contigo, é que sabes... ando meio zangada com o mundo. Percebi isso hoje, percebi hoje o que se passava comigo. Não consigo aceitar que isto me esteja a acontecer não é? Logo a mim, logo eu e porquê eu, eu que Te amo tanto Jesus. Estava revoltada contigo. Mas já não estou, fizemos as pazes hoje mal entrei naquele sítio onde há cinco semanas senti o Teu amor abundar-me a alma e senti um arrepio na espinha. Sei que estás comigo e oh, eu sou tão injusta contigo não sou? Nós somos tão brutos contigo. Esquecemo-nos que Tu também sofreste por nós, que caíste três vezes e levantaste-te quatro. Esquecemo-nos dessa prova de amor que nos deste. Esquecemo-nos de ser como Tu e de distribuir amor por aqueles que precisam, esquecemo-nos do perdão encostado num canto do coração e esquecemo-nos de fechar as gavetas do ódio. E mesmo assim Tu ficas aí, encostado nas esquinas do caminho da felicidade à espera que nós, criaturas ingratas, nos lembremos de Ti. Sabes quais são os meus compromissos contigo, sabes a vontade que hoje trago comigo para os cumprir... só Te peço que me ajudes. Não Te vou pedir que não me abandones nem que fiques comigo, porque eu sei que cumpres isso mesmo sem que eu Te peça. Porque Tu sabes o que é amar, e só Tu. Nós não percebemos patavina desse sentimento. Amar quem nos ama é muito bonito... e amar quem nos odeia, e amar os nossos inimigos? Pois. Isso sim é amor e nós não sabemos fazer isso. Não sempre. Não sem esforço. Não sabemos. Mas eu não desisto, sim? Eu vou lutar por Ti como Tu lutaste por nós. Não prometo que cumpra, mas prometo que tente. Por fim, obrigada por este dia JC, obrigada pelo dom da vida.

quem não acredita, respeita. obrigada.

sábado, 24 de março de 2012

não me percas do coração

Sabes, arrependo-me todos os dias de ter aceite namorar contigo, arrependo-me todos os dias de ter posto em causa a nossa amizade e querer mais que isso, arrependo-me da coragem que tive ao dizer-te aquele sim. Arrependo-me sempre que acordo até me deitar. Sabes porquê? Isso destruiu-nos. Destruiu aquele laço que nos unia além da Terra num sítio chamado paraíso, aquele laço que nos tornava diferentes de todas as amizades com que a História já contava. Destruiu a nossa cumplicidade, destruiu a nossa confiança. Destruiu-nos por dentro e por fora. E lembras-te de eu te dizer que não sabia viver sem ti? Acho que não sei mesmo meu amor. Não sei viver sem te contar tudo e perguntar-te sempre o que achas que devo fazer. Não sei viver sem aquele que era o meu melhor amigo. Diz-me se ele ainda vive aí. Se ainda sentes o bater do coração dele. Se ainda te preocupas comigo. É que não o demonstras e eu fico aqui, perdida. Sem ti e sem ninguém. Porque só tu me compreendias, só tu. Tu prometeste-me que nunca me ias deixar, e estás a deixar-me agora, pela segunda vez. Estás a deixar-me ir. Estás a deixar-me perder-te e perder-me. Estás a deixar-me entregue à maldita vida. Não foi isso que combinamos. Porque é que estás sempre a falhar-me? Porque é que já não és como o homem da minha vida? Eu disse-te que te podia perder como namorado, mas nunca como melhor amigo, e tu dizias-me sempre ao ouvido, e não vais perder xuxu. Estou a perder-te... onde é que erramos meu anjo, onde? É que sabes... esta saudade de ti não passa e a vontade de te escrever já me esmaga a alma. E eu não sei mais o que fazer. Sinto-me... aliás, não me sinto, sem ti eu não me sinto, é isso.

sexta-feira, 23 de março de 2012

yes, I'm lost

Tenho medo. Tenho medo disto que sinto. Medo desta felicidade que esconde todas as dores que ainda aqui vivem, tenho medo que este não seja o caminho certo e de me espetar a alta velocidade num muro de memórias passadas. Sei que fugir não é opção, mas é assim que eu consigo viver, é assim que eu consigo chegar ao céu e tocar na lua, sentir-lhe o amor que me tem e poder saltar nas nuvens ou pendurar-me nas estrelas enquanto ela sorri, enquanto sorrimos. É assim que eu sinto a paz interior emanar em mim e transbordar-me o coração. É a fugir da realidade, é a fingir que já não me importo, a fingir que esqueci. É assim nesta ironia que carrego esta cruz que chamam de vida. Eu não irei nunca escolher sofrer. Isso dói. Isso magoa. Isso... isso rouba-me a alma e deixa-me perdida nos confins do destino, sem sentido, sem vontade de  viver, com medo de respirar e com raiva de o coração continuar a bater. Isso não, isso eu não quero, não quero mais sofrimento, não quero mais lágrimas. Quero continuar assim, mas quero continuar assim sempre. Quero que isto passe sem mais grutas escuras onde a dor insiste entrar nem caminhos encobertos onde fujo da morte. Quero que isto se vá assim, como um pássaro que vai e não volta, como as folhas que caem no outono, como as flores que murcham no verão, como qualquer coisa mas que vá. Simples assim. Que vá e não volte. Eu só quero ser feliz sem medos, ser feliz sem mentiras, ser feliz apenas, é pedir muito? 

quarta-feira, 21 de março de 2012

mais um perigo na estrada

Passei no exame de condução, ou seja, já tenho carta. yeeeesss. e o sr engenheiro disse que adorou a minha prova, que conduzo com muita confiança e segurança - ai como isto me faz bem ao ego, ai ai. Logo é o concerto dos LMFAO e eu já estou ansiosa. Gosto muito de vocês.

terça-feira, 20 de março de 2012

Olá Primavera!


Querida Primavera, traz-me o sol e o calor, traz-me inspiração, traz-me a tatuagem na nuca, traz-me o segundo furo, traz-me o brilhante no dente, traz-me vontade de estudar, traz-me exames fáceis, traz-me força para não desistir, traz-me amor, traz-me paz, traz-me pessoas novas e mais momentos com as que já habitam aqui no meu pequeno coração, traz-me Coimbra, traz-me Guimarães, traz-me Porto, traz-me Póvoa de Varzim, traz-me Shalom, traz-me ideias, traz-me concertos, traz-me festas, traz-me orações, traz-me conversas profundas e abraços sinceros, traz-me Queimas, traz-me Enterro, traz-me caminhadas, traz-me música, traz-me livros, traz-me roupas novas, traz-me fotografias, traz-me a carta e o carro, traz-me sorrisos, traz-me lágrimas de tanto rir, traz-me planos, traz-me seguidores, traz-me noites de alegria e dias passados na companhia dos sóis da minha vida, traz-me compromissos, traz-me tarefas, traz-me conhecimento, traz-me coisas novas, traz-me coragem, traz-me força, traz-me liberdade, traz-me felicidade e leva... leva este amor por ele, leva os ciúmes, leva as lágrimas que querem cair e eu não deixo, leva as sombras do meu coração e as feridas da minha alma, leva tudo o que não me faz falta, deixa o que preciso e traz o que necessito. Não te peço muito, peço-te apenas um ou dois pacotes de açúcar para este coração. Querida Primavera, sê bem vinda, e sim, já tinha saudades tuas.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Dia do Pai, mais um cliché que eu não entendo


"Para todos os pais, abandonados..um forte Abraço.", é lixado não é? É para veres o que senti quando me abandonaste. E quando voltaste e quiseste mudar a minha vida. Desejei-te um Feliz dia do Pai, mas não devia, fui cínica contigo... tu foste tudo para mim, foste tudo menos Pai. É por isso que eu não entendo puto destes clichés. E estou revoltada porque não devia dizer-te nada hoje, mas o meu coração não deixa. Porque vens com essa conversa de pais abandonados e eu sinto-me mal. E não devia, não devia porque foste tu que me deixaste e apareceste quando o trabalho duro já tinha sido feito. É bom ter filhos e não os educar, não é? Pois deve ser. E deves viver de consciência tranquila a achar que quem está mal sou eu, sou eu porque não te sinto como Pai, porque não te amo. Sim, sou eu. Sou eu que vivi toda a vida com uma mãe a fazer dois papeis. Sou eu que não divido o amor paternal por duas pessoas e reservo-o todo para uma. E sabem que mais? Mãe, feliz dia do Pai. 

sábado, 17 de março de 2012

declaro-me refém


Há muito que a escrita me tem como refém, escondida na gruta das tormentas da inspiração e presa ao papel e à caneta. Ela não quer mais que me espremer a alma e aliviar o coração, não quer fazer um pedido de resgate nem quer um helicóptero para poder fugir do plágio em troca da minha liberdade. Não, ela quer-me aqui, presa às amarras deste vício, deste dom, desta coisa que me acompanha na vida que se chama simplesmente vontade incontrolável de escrever. Mas vai alguém perceber criaturas como nós? Criaturas que se refugiam em palavras pelo puro prazer de as libertar, porque não interessa quem lê ou se alguém lê, interessa sim que nós escrevemos. O prazer da escrita está nela mesmo, não nos óscares, não nos prémios nobel da literatura, não na quantidade de pessoas que me lê a alma e me acaricia o ego com palavras doces sobre a forma como estampo o meu engenho numa folha branca. Tudo isso é bom, tudo isso nos dá alento para não desistir de um mundo cruel como é este em que me entranhei faz já algum tempo, tudo isso nos oferece o sorrisinho de orgulho, mas não é aí que está o prazer de nos entregarmos de corpo e alma a este vício. Não é aí que está a recompensa. É aqui dentro, aqui no coração, aqui na alma, aqui não sei bem onde, mas aqui dentro, aqui onde ninguém chega. É aqui, sabem? Aqui onde mora o bichinho da escrita e de onde vem a felicidade. Bem aqui, dentro de mim, dentro de cada um de nós.

quinta-feira, 15 de março de 2012

I miss you dear summer

Sou só eu ou há mais alguém aí a contar os dias para o verão? É que não sei explicar, mas no verão sou sempre mais feliz. Não é só por haver sol, calor e festivais, não... há qualquer coisa por trás desta estação, qualquer coisa mágica que a carrega de um encanto especial, de uma loucura saudável. É disso que eu tenho saudades. Saudades de acordar antes do sol nascer sem sequer contestar para chegar depois do sol se pôr e trazer comigo grãos de areia no cabelo e nos chinelos. Da coca cola com gelo e limão ou da cerveja ao fim da tarde. De ter todo o tempo do mundo e esse tempo não me chegar para metade do que quero fazer. Da preguiça depois da hora do almoço. Dos tons bronzeados e do sol a queimar-me as costas. Do mar gelado, a água salgada. De não poder andar na rua descalça porque o chão queima, de passar noites na varanda da avó porque dentro de casa é muito calor. Da lua cheia em noites quentes partilhadas com pessoas que habitam o meu coração. De ver as constelações no céu. De bastar uma t-shirt e uns calções ou um vestido leve para sair à noite sem pensar se vou ou não ter frio. Dos cabelos atados. Dos casacos arrumados. Das sandálias. De comer gelados todos os dias com companhias diferentes. Das loucuras típicas. Dos amores de verão. Dos nadadores-salvadores. De me sentir livre. Das leituras ao som dos pássaros a cantar e da escrita na companhia das estrelas a cintilar. De ter mil e um planos e não realizar quase nenhum. Das noites passadas fora de casa. De acampar ou pernoitar numa serra ou praia. Das cascatas no Gerês. De ter a maior parte dos meus amigos pertinho de mim. De fazer viagens. Disto e daquilo e daquele outro. Tenho saudades de ser feliz sem quê nem porquê e de poder viver a vida à minha maneira sem ter ninguém ao ouvido a lembrar-me daquilo que tenho pela frente. Chega rápido querido verão, chega rápido e afasta daqui o estudo e tudo o que dele advém que eu quero descanso. Aliás, preciso de descanso.

terça-feira, 13 de março de 2012

Hoje faz um ano e meio que tiraste a carta... não me esqueci. Também não me esqueço que hoje fazíamos vinte e cinco meses. Oh, vai-te embora vontade inóspita. Não posso voltar a escrever-lhe, não agora que o meu sorriso voltou a ser verdadeiro.

vontades insólitas

Às vezes dá-me uma vontade de sair de mim... sair e penetrar-me noutro corpo, com outra alma e outro coração. Ser outra pessoa. Cometer loucuras, e ser até apelidada de louca. Dá-me uma vontade de viver noutra cidade, conhecer outras pessoas, respirar outros ares e maravilhar-me com outras paisagens. Vontade de ter outro nome, outra família, outro aspecto, outra língua, outros gostos. Vontade de deixar-me aqui e ser outra. Vontade de sentir no rosto os ventos da mudança e deixar-me levar, sem medos nem restrições... apenas ir e chegar lá onde se muda de corpo e se perde a alma nos confins de um arco-iris sem cores. Vontade de desaparecer. Reaparecer e voltar a viver. Viver noutra vida, de outro jeito, com outros ideais, outros projectos, outros objectivos e outros sonhos. Vontade de ter outro signo, outra idade, outra cor, outra raça. Vontade de ser outra eu. Canso-me de mim e da minha vida... e às vezes parece tão mais fácil ser outra pessoa que não eu. Deixar de ter estes sonhos inalcançáveis, estes sentimentos não correspondidos e estes ideais incompreendidos. Deixar de ser eu e passar a ser tu... ou ela, ou ele, não sei, qualquer outra pessoa.

quinta-feira, 8 de março de 2012

já admiraram a Lua hoje?


Não há melhor sensação que esta que neste momento experiencio. Estar aqui, só eu e ela a reinar o céu escuro cheio de pontos luzentes. Eu e a Lua. Nós e a brisa suave que me acaricia a alma avivando-me a memória de noites quentes e loucas de verão. Hoje somos só nós, eu, ela e o meu coração que bate ao ritmo da balada do silêncio... e é tão bom estarmos aqui, é tão bom estar aqui sozinha mas ao mesmo tempo tão bem acompanhada. Sentir a paz abundar-me nas células e o amor a saltar-me no engenho. É aqui que eu me sinto bem, com a minha fiel companheira das noites mais agitadas às noites mais solitárias. Hoje peço-te apenas que não me deixes, princesa da noite, peço-te que te agarres com força à minha alma e que continues a sorrir-me como só nós sabemos. É assim que eu sou forte, é contigo, com a luz que irradias e a força que me dás sempre que me elevas da vida ao paraíso. É assim que eu sigo em frente com um sorriso nos lábios. É assim, a contar contigo para me embalares ao som da felicidade. E hoje é o nosso dia, já te contaram? Sim, o dia da Mulher. É que tu só podes ser mulher... senão não serias assim tão radiante, maravilhosa, segura e... única.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Parabéns para mim uhuh

07 de Março de 2012, 00:47
Para dizeres o que me disseste preferia que não me tivesses dito nada hoje. A tua indiferença dá cabo de mim, não reconheço em ti o homem que me acompanhou em tudo durante dois anos e meio da minha vida. O homem que me acarinhou e protegeu, mesmo antes de o nosso namoro ter começado. Recebi a tua mensagem e o meu coração acelerou sabes? Depois de a ler escorreram-me lágrimas pela face por sentir tamanha frieza nas tuas palavras. Foi assim que começou o MEU dia, graças a ti. E ainda eu me pus a pensar como tinha sido a minha meia noite faz um ano... mas essa foi mais nossa que minha e lembro-me dela como se fosse ontem, lembro-me de mim perdida nos teus braços, lembro-me de ti entregue à minha alma, lembro-me de nós e dos pássaros a cantar ao nosso amor. Adorava saber se também te lembraste disso ou se a mensagem mostrou tudo o que sentiste... que foi um ah, ela faz anos, vou dar-lhe os parabéns uhuh. Eu não sei o que tu pensas, mas isto é coisa de conhecido não daquele que eu chamava melhor amigo. Sim, chamava. Hoje percebi que isso acabou e tenho pena. Sei que não devia ter voltado a escrever-te, mas tinha simplesmente que te dizer isto.

Dia passado entre melhor amiga e dança. Vou daqui a nada às compras com a mami. Sorri todo o dia e estou muito feliz, apesar de tudo. E o melhor presente de aniversário que podia ter recebido foi termos chegado aos 100 cubos de açúcar. Obrigada por me adocicarem o coração. Gosto muito de vocês todos.

terça-feira, 6 de março de 2012

Resultado da sondagem


Cá está o novo design. Está muito simples, mas identifica-se comigo, com o meu estado de paz interior. Espero que gostem meus cubos de açúcar. A ver se isto me traz de novo a inspiração... ai.

segunda-feira, 5 de março de 2012

quando é que me deixas Amor?

É incrível como o Amor mesmo depois de calcado, recalcado, magoado, amachucado, roto e rasgado, negro, solitário e desiludido não se vai. Fica aqui bem quietinho à espera que a tempestade passe e a trovoada se vá, à espera que o sol venha e apareça o arco-íris. Canso-me de lhe gritar que desta vez não vão chegar os dias bonitos em que o céu não tem nuvens e na noite preside a lua cheia, mas ele não quer ouvir. Não foge, não se mexe e continua ali vivo, respirando devagar para ninguém dar pela presença dele, encolhido em concha num canto do meu pequeno coração. Às vezes acho que ele não se vai cansar e vai ali ficar eternamente, e há momentos em que até gosto disso, mas há outros que oh, só queria que ele se fosse de uma vez, que se despedisse de mim e fechasse a porta com uma lágrima no canto do olho mas que fosse... que fosse e não voltasse. Agora quero outro amor, quero outra história, quero outra vida, mas enquanto ele estiver cá vou continuar a ser eu, a Lia apaixonada pelo André.

sexta-feira, 2 de março de 2012

onde andas tu querida inspiração?

Sinto as veias da inspiração secarem e dói. Dói porque esta vontade de escrever não desaparece, aliás, cresce e cresce e continua sempre a crescer. Mas quando tento escrever, nada  me sai da alma. Na verdade eu sempre fui uma romântica incurável e acho que não sei escrever sobre mais tema algum além de amor. Eu até podia chegar aqui e maravilhar-vos com palavras cheias desse estupendo sentimento, porque o meu coração está cheio dele, o problema é que a minha sensatez não deixa. Ela fechou o meu coração a sete chaves e agora para abri-lo vai ser o cabo dos trabalhos. O que está lá, está, o que não está também já não entra entendem? É como um telemóvel bloqueado, um comando sem pilhas ou uma televisão sem antena. Podemos tentar mil e uma vezes fazer alguma coisa com eles, mas não vamos conseguir nada. O meu coração está assim. Parado num estado de sítio ao qual não chamo de nome nenhum, porque é isso que ele é agora - um nada. Passou de rei a escravo. Deve doer. Mas eu não sinto, já não sinto nada. Apenas uma felicidade enorme. Talvez seja graças à marotice que a minha sensatez fez, talvez seja. E se é mesmo, olha, obrigada sensatez. Continua assim atrevida e autoritária, gosto bem mais de ti do que da tua cara-metade, a emoção. Mas oh, bem que me podias abrir a alma de vez em quando, só quando eu te pedir muito, só quando a escrita me tornar refém deste velho vício... pode ser?

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Votem na sondagem cubos de açúcar.

OBRIGADA


Sei que muita gente quando se eleva no auge se esquece das pessoas que tiveram na escada a fazer de corrimão, mas eu não. Eu não esqueço aquilo que vocês, meus cubos de açúcar, fizeram e fazem por mim. Não me esqueço das vezes que chorei aqui e das vezes que foram vocês a limparem-me as lágrimas com as vossas palavras. Não me esqueço. Cada um de vocês tem um lugar bem especial aqui no meu pequeno órgão pulsante. Eu agora estou bem. Ainda sinto o amor que sentia e ainda penso nele a toda a hora, não posso dizer que não, mas aprendi a aceitar a nossa realidade. Não estava escrito nas estrelas o nosso para sempre e oh, tenho pena, porque apesar de tudo ele vai ser sempre o meu xuxu... e ainda acho que ele é o homem da minha vida, mas eu não sou a mulher da vida dele e acabei por aceitar que a vida não segue as indicações que nós pomos no caminho, nem o GPS que graciosamente lhe oferecemos onde estão bem explícitos os nossos sonhos e desejos, a vida é bem autoritária ao ponto de escolher a sua própria rota. Cabe-nos a nós aceitar e continuar a andar, porque ela não espera nem se importa se levamos um sorriso ou carregamos um rio de lágrimas... por isso não vale de nada ficar num estado estacionário de melancolia pura. Não vale não, eu já sei isso e fiz a minha escolha: escolhi ser feliz. Não fiz esta escolha sozinha, fi-la com todos os que levo no coração e aí estão incluídos cada um de vocês. Por isso mesmo, um grande obrigada.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

escrever, escrever, escrever...


Apetece-me escrever e nunca mais parar. Sinto o meu coração explodir palavras, sinto-as a percorrer-me o corpo e acabarem-me na ponta dos dedos onde se escapelem sem medos. Saem e não voltam mais, fogem-me da alma e deliciam-me a vida. Descarregam-me o coração e lavam-me o sorriso. Acompanham-me. Secam-me as lágrimas. Preenchem-me os espaços vazios. Ficam comigo. Não me abandonam. Que mais pode um humano querer quando tem a escrita? Quando nos podemos entregar neste mundo de letras com mil e uma cores, palavras de mil e um sabores, textos de mil e um sentimentos, esquecemo-nos do nosso estatuto social e aqui somos só nós. Sem primeiro nem último nome. Sem caras. Sem índices de importância. Sem bilhete de identidade, mas com autenticidade. Aqui somos só nós, humanos que pensam, sentem, choram, riem. Humanos que erram, que perdoam. Aqui somos só nós. Não só como se isso fosse pouco, mas só no sentido de unidade. Porque somos únicos, cada um à sua maneira. Bonitos ou feios, gordos ou magros, simpáticos ou tímidos, doidos ou certinhos... aqui somos todos belos à nossa maneira. Porque escrever é mostrar o coração, e os corações não se associam a características tão superficiais, mas sim a palavras com o seu quê de bem pesadas. Corações mostram sentimentos. Associam-se a palavras que descrevem a rota da vida, associam-se a amor, a dor, a solidão, a felicidade, associam-se ao verbo viver, seja em que estado for. Não fosse o bater deste pequeno órgão a condição para neste momento estarmos vivos, não fosse ele o rei da nossa vida, não fosse ele um ditador, não fosse ele como é e nós não seríamos como somos. Continuo com uma vontade de escrever e nunca mais parar. É preciso alimentar-se o vício.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Tu, minha irmã


Hoje apetece-me escrever para ti, minha irmã. Sim, minha irmã... é isso que tu és para mim. É tão verdade aquela frase que há muito percorre as bocas do mundo que diz que para ser irmã não é preciso ser de sangue. Não é mesmo e nós somos a prova disso. Nunca usamos o rótulo de melhor amiga uma para a outra mas no fundo somos um pouco disso. Sabes tudo de mim e eu sei tudo de ti. Vivemos as maiores aventuras da nossa vida juntas. Sonhamos juntas. Rimos juntas. Choramos juntas. Somos felizes juntas. Sem grandes palavras coloridas, sem o amo-te diário. Sempre à porrada. Muitas vezes a discutir. Mas na verdade, amamo-nos. Eu sei que sim, sinto-o. Sinto a felicidade a percorrer-me a alma quando estou contigo. E no entanto não precisamos de o verbalizar, porque a nossa ligação é superior a isso. Superior a palavras que o vento leva, superior a promessas que anseiam por ser quebradas, superior a rótulos, superior a qualquer cliché com que actualmente se decora a palavra amizade. Amizade é o que existe em nós, uma amizade maior que o nosso próprio coração, maior que nós, maior que o mundo cheio de inglórias e injustiças. Uma amizade maior, sempre e para sempre maior.